O sucesso faz-se da comunidade

O nosso mapa dos equipamentos culturais em Portugal já está ligado. Já é possível ver e navegar pela localização de monumentos, bibliotecas, museus, cinemas, teatros, galerias de arte e recintos de espetáculo espalhados por todo o território nacional.

O nosso mapa dos equipamentos culturais em Portugal já está ligado. Através de dados provenientes da plataforma Wikidata, é possível ver e navegar pela localização de monumentos, bibliotecas, museus, cinemas, teatros, galerias de arte e recintos de espetáculo espalhados por todo o território nacional.

Em menos de um mês, o projeto juntou uma dúzia de contribuidores, mais de 80 submissões e cerca de 30 pedidos para integração de novo código. A maior parte chegou durante o dia 24 de outubro, embora os trabalhos continuem em marcha. Ao longo dos próximos tempos, é expectável que a qualidade dos dados e a usabilidade da aplicação melhorem.

Arriscar é um verbo que dá arrepios. À medida que nos aproximamos da hora marcada, a vertigem do fracasso adensa, ofuscando quem se atrever pelo seu caminho. A nossa primeira aventura pelo universo dos eventos não foi diferente: trouxe, literalmente, dores de cabeça, suores frios e noites mal dormidas. Mas, afinal, foi tudo falso alarme.

Apesar de alguns soluços técnicos, as apresentações matinais foram momentos de partilha excecionais. Com incursões práticas pelo universo do código aberto, os nossos oradores discursaram sobre uma série de tópicos relacionados – da comunidade, à produção de revistas, ao Github e manutenção de projetos. Quem quiser ver ou rever estes momentos de aprendizagem pode fazê-lo no canal de YouTube do Podcast Ubuntu Portugal.

Apanhar a boleia de uma iniciativa internacional de celebração do software e das comunidades ligadas ao movimento do software de código aberto - o hacktoberfest – foi um bom empurrão para este arranque. Afinal, com pouco mais de um mês de existência, ainda temos um alcance bastante modesto. A colaboração com vários grupos locais foi a peça fundamental para a materialização do acontecimento. O esforço do Interruptor foi impulsionado por membros da comunidade Ubuntu Portugal e ANSOL (Associação Nacional para o Software Livre). Além da ajuda na divulgação do evento, estas organizações cederam a infraestrutura técnica para que se pudesse realizar. Também nos emprestaram o Diogo Constantino, que preparou, testou e implementou o necessário, certificando-se que o software livre era o motor da festa.

Para lá do software e dos números, o resultado que nos deixa mais orgulhosos foi a aglutinação de vários grupos de ação locais. Aos já mencionados, juntaram-se ainda elementos das comunidades Flutter Portugal, Python Portugal e Wikimédia Portugal.

Quanto ao hacktoberfest, para o ano há mais. Depois destes resultados tão simpáticos, os eventos Interruptor provavelmente regressarão antes disso.